quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A qualidade de vida e o bem estar das pessoas

                                                     
A vida pode ser definida como sendo a maior riqueza que nós podemos ter, ou seja, é o ponto de partida para conquistarmos o que desejamos e o que temos em mente como objetivos pessoais. No entanto, devido a tantos desafios e dificuldades pelas quais passamos, esse “tesouro” que nós temos e que chamamos de vida, torna-se muitas vezes ameaçado, seja por questões patológicas ou por questões sócio-econômicas, nas quais inclui-se a violência urbana, a falta de segurança, entre outros.

A verdade é que desfrutar de um perfeito bem estar físico e psicológico, nem sempre depende de nós mesmos. Não é raro vermos a nossa dignidade “ferida”, nossos sentimentos ignorados e os nossos direitos violados e até a nossa própria vida, o bem maior que alguém pode possuir, ser colocada em segundo plano.

Os direitos sociais, como saúde, educação, moradia, alimentação, trabalho e lazer, responsáveis por oferecer uma melhor qualidade de vida ao cidadão e que deveriam obrigatoriamente, ser estendidos a todas as pessoas, são privilégios apenas de uma minoria “afortunada” da população.

Entendemos como bem-estar, o momento de nossas vidas em que há um atendimento das necessidades básicas necessárias à qualidade de vida. Mas será que o bem-estar e a qualidade de vida, estão atrelados apenas ao atendimento das necessidades básicas de um indivíduo?  Se olharmos no sentido mais amplo, veremos que não é verdade.

Isso só ocorre porque alguém pode ter qualidade de vida através de bens materiais como por exemplo, dinheiro, moradia, carros, etc, mas no entanto, faltar-lhe o bem-estar na alma e no corpo, pois sabemos que corpo, mente e espírito, devem estar em perfeita harmonia e associados, para que possam estabelecer o equilíbrio necessário à vida.

Ter “tudo” ao nível material, não nos garante chegar ao ápice do equilíbrio entre corpo, mente e espírito, que são responsáveis pelo perfeito bem-estar físico e psicológico, com qualidade de vida, embora saibamos que algumas conquistas materiais, contribuem para uma melhor qualidade de vida, claro, seria hipocrisia desconsiderar tal fato.

Seguindo essa linha, podemos chegar a uma conclusão de que, o que leva uma pessoa a atingir os níveis ideais de bem-estar, não são apenas as oportunidades ao longo de sua vida e sim, o conjunto de fatores que, se bem associados e assimilados pelo fantástico trio, corpo, mente e espírito, e ainda adicionados a uma boa dose de atitudes, lhe conduzirão ao sucesso. Pense nisso, corra em busca do seu equilíbrio!

Por  Eduardo Frederico

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Você viu a Motivação por aí?

Você viu a motivação por aí?
Seminários, palestras e cursos, isoladamente, não motivam ninguém. O máximo que fazem é criar um "amortecedor" temporário nas pessoas e aliviar, nas chefias, a responsabilidade por incentivar e reforçar o comportamento positivo no dia a dia de trabalho.


Motivação é um processo, não um evento isolado onde aperta-se um botão e pronto... O funcionário está motivado. Acho engraçado quando alguém solicita um "curso de motivação de pessoal", como se ali durante 4, 8 ou 16 horas todos os problemas se resolvessem. Lembro também do atendimento a cliente... Quantas vezes já ouvi a frase: - "Precisamos de um treinamento de atendimento... a coisa tá ruim!" - E tome curso de motivação e atendimento com direito a música sertaneja, axé music, nova era, malabarismos em sala de aula, historinhas emocionais de fazer chorar, hipnotismos e tantas outras peripécias que ajudam as pessoas a aliviarem as pressões do trabalho, do chefe, do cliente (aquele chato que só reclama), do colega ao lado (que dizem que é meu cliente interno!) que vive me cobrando, do vizinho lá de casa que enche o saco e etc, etc, etc. - O curso foi bom, diz ele, distraí minha cabeça e fui para casa cheio de idéias para cuidar do meu traseiro, pois descobri no curso o quanto estamos longe de acertar o passo. Qualquer semelhança com você é mera coincidência!


Motivação é conseqüência, não causa. Falta de motivação está em algum lugar da empresa. Pode estar na estrutura organizacional (a inflexível e impessoal caixinha criada algum dia por alguém que já "morreu" e que hoje está lá... Deus sabe porque!) Pode estar nos processos de trabalho. - Você sabe que não são sorrisos que encantam clientes, mas processos bem desenhados e orientados para a satisfação dos clientes (internos e externos). A burocracia é uma ducha de água fria na motivação.


Ou quem sabe a falta de motivação está na apatia da liderança? Ôps! Toquei num ponto importante! É na liderança que a motivação pode estar escondida. - Tá bom! – Você diz: - Mas nossos chefes sempre estão fazendo cursos de aperfeiçoamento de liderança, são reciclados e atualizados todos os anos. Tudo bem, é super-importante mas... - Você viu a motivação por aí?


Quando você contrata alguém para a empresa, esta pessoa entra naturalmente motivada. Disposta a contribuir, rezar o terço da organização e com grandes expectativas de crescer com a empresa. O que faz com que estas pessoas se desmotivem com o passar do tempo? Três coisas:


Primeiro, a falta de perspectiva de futuro, da rotina enfadonha do trabalho, da falta de reconhecimento e, até mesmo, da falta de conhecimento da empresa onde trabalha. É! Surpreendeu-se?! Pois é! – Onde você trabalha? Na empresa X. – O que ela faz? Hummm! Quantas empresas fazem um bom endomarketing de seus "produtos" e "serviços", da sua imagem para os seus funcionários, de suas políticas de RH, da sua missão e de seus valores? Pouquíssimas!!! Se você não faz, o que está esperando? Mostre para todos os funcionários que o RH tem "produtos e serviços" muito bons e competitivos. Agora, se não tem, são pobres ou fracos, tá na hora de pensar seriamente na contribuição do RH para o negócio da empresa. A coisa é séria e seu emprego corre riscos. Aliás, não o seu emprego porque você consegue outro, mas a sua própria carreira nesta área. Sabe por que? Porque você vai encher o saco de lidar repetidamente com tentativas e erros. Aí meu amigo, ou amiga leitora, pense em se tornar consultor de empresas. Pode dar certo!


O segundo motivo que leva à desmotivação na empresa são os processos de trabalho. Por mais boa vontade e competência que um indivíduo possa ter, não há cristão que aguente um processo de trabalho caduco, burocrático ou desenvolvido para atender os prazeres do chefe. – Há! Nós sempre fizemos assim... por que mudar? - Tá bom! Não falo mais!


Quer saber o terceiro? O Chefe! É! Ele mesmo! Coitado! Vive pressionado por resultados e ainda tem que ouvir essa?! Mas é isso mesmo! Nos primeiros dias de trabalho do novo funcionário, aquele sorriso largo do chefe. – Bem-vindo! – E algum tempo depois, eis que o novo funcionário é engolido pelo sistema do "urgente" em detrimento do "importante". Você apresenta um desempenho superior e o chefe agradece. Na segunda vez, um agradecimento "xoxo". No terceiro, olha com espanto, às vezes sente-se ameaçado... e nada. No quarto, nem dá bola – entrou na rotina. Lá se vai a motivação do novo empregado! Escondeu-se de novo. Onde está a motivação?


Eis os locais para procurar a motivação perdida! O endereço, quase sempre, está no estilo de liderança. Não! Não quero falar sobre estilo, mas simplesmente na liderança. O que observo na prática (e você também) é que temos boas pessoas travestidas de chefes, mas que lhes faltam instrumentos que torne o ato de liderar algo palpável, mensurável, tangível e agradável. As pessoas desejam ser reconhecidas, valorizadas e recompensadas pelo que fazem. Os chefes também. E isto somente ocorre, quando fazemos o reconhecimento instantâneo. Tipo "bateu-levou". Dia desses assisti a uma palestra do tranqüilo Oscar Motomura onde ele contou a seguinte história: Diz ele que esteve com o físico Arno Penzias – Prêmio Nobel – e lhe fez a seguinte pergunta: Como é liderar uma equipe de aproximadamente 3 mil cientistas brilhantes espalhados por vários países? Como motivar estes cientistas? Simples! – disse ele! – "Está vendo este armário? Está cheio de brindes como camisetas, chocolates (barras de 5 quilos), bombons, pins, botons e pequenas lembranças. É assim que reconheço o trabalho dessas pessoas. Dando-lhes presentes de pequeno valor financeiro e de grande valor sentimental." Simples!


Quer motivar as pessoas? Simples! Desenvolva programas de reconhecimento instantâneo como por exemplo cheques reconhecimento, brindes, ingressos para teatro, futebol, um dia de folga, um mês de estacionamento grátis etc. São muitas e simples as maneiras de reconhecer e valorizar o comportamento positivo dos funcionários. Mas lembre-se, não se trata de uma campanha. Portanto, elabore o seu programa e treine as chefias para utilizá-lo de forma justa e honesta. É só aguardar os resultados positivos.


Programas gerenciais são válidos, importantes e dão solidez a cultura organizacional MAS é no dia a dia que as pessoas, líderes ou não, demonstram as suas habilidades, o seu conhecimento e, principalmente, as atitudes vencedoras e motivadas. O desafio da liderança é reforçar continuamente os comportamentos e as atitudes positivas dos funcionários. Manter a motivação em alta não é fácil e exige a mesma atenção que damos ao caixa da empresa.


E agora, depois de tudo isso, achou a motivação na sua empresa? Ela está aí. Encontre-a!

                                                                   
     Dermeval Franco.
 Administrador e Consultor da Danton Velloso & Consultores Associados – SP.