Diante das inúmeras transformações pelas quais as organizações vem passando ao longo dos tempos, aquela que tem causado maior impacto, do ponto de vista significativo e revolucionário, é a que trata da mudança do comportamento humano no ambiente de trabalho. Nunca na história da relação homem x trabalho, o capital humano foi tão destacado como no contexto atual. Para estabelecer um comparativo, basta nos lembrar como ocorria o tratamento dado aos trabalhadores na era industrial, onde o homem era uma extensão da máquina, ou seja, era visto como um “recurso” da organização, pois o seu valor para a organização estava na sua capacidade produtiva, não sendo necessário, (na visão mecanicista), oferecer a esses trabalhadores condições favoráveis ao seu crescimento profissional e intelectual.
Contextualização
Com o fim da era industrial, a partir dos conceitos da administração clássica de Taylor, Fayol e outros, a partir da evolução tecnológica, da implantação da qualidade total, criada nos EUA e desenvolvida pelos Japoneses, estabeleceu-se um novo conceito na forma de gerir as pessoas dentro das organizações. O conhecimento passou a ser bastante valorizado, pois percebeu-se que quanto mais se investia em treinamentos e capacitação das pessoas, mas produtivas elas eram. Neste novo cenário, as empresas passaram a enxergar as relações humanas como princípios fundamentais para o alcance de resultados.
Ter uma política de recursos humanos voltada para uma eficiente gestão de pessoas, passou a ser essencial dentro de qualquer organização que queira manter-se forte e competitiva no mercado. Um eficiente modelo de gestão de pessoas faz parte de um novo cenário organizacional, onde os gestores não estão mais limitados a seus departamentos ou seções e sim, ao processo como um todo, sendo exigidos desses profissionais uma postura de “donos do negócio”.
O Papel do Gestor de Pessoas
Envolver o capital humano na busca pelos resultados, disseminar e fazer incorporar nas pessoas, a missão, visão e valores da organização, passa a ser o grande desafio de uma eficaz gestão de pessoas. Para isso é necessário ter como gestores, pessoas com alto grau de sensibilidade, resiliência, capacidade de trabalhar em equipe, motivação, relacionamento inter e intrapessoal, criatividade, inovação e pró-atividade.
Sensibilidade com os problemas, pessoais ou profissionais de seus subordinados.
Resiliência para superar as dificuldades.
Capacidade de trabalhar em equipe em busca de resultados para a organização.
Motivação com o trabalho.
Relacionamento intra e interpessoal promovendo um bom clima organizacional em seu setor de trabalho.
Criatividade e Inovação como forma de agregar valor ao seu trabalho.
Pró-atividade, mostrando-se inserido no perfil do novo gestor de pessoas.
O papel da gestão de pessoas no contexto atual O novo cenaŕio organizacional exige das empresas uma postura comportamental voltada para a valorização do capital humano, visto que diante dos adventos da globalização e evolução tecnológica, o conhecimento passou a ser o bem intangível mais procurado pelas organizações e, principalmente, captar as principais tendências do mundo dos negócios que estão se desenhando para o futuro. A área de RH passou do nível operacional para o nível estratégico, pois para que o planejamento estratégico tenha sucesso, a atuação do RH é fundamental, desenvolvendo ações que estejam alinhadas aos objetivos organizacionais capacitando e desenvolvendo as pessoas, de modo a alinhar dois objetivos: os pessoais e os organizacionais. Analisando esse novo papel da gestão de pessoas, onde se prega a valorização do capital humano, será que para que uma organização seja certificada pela qualidade de sua gestão é necessário “apenas” um bom programa de gestão de pessoas ou é preciso estabelecer uma política de gestão com pessoas dentro da organização? Pois no nosso entender, não basta apenas gerir com sucesso, é necessário fazer com que as pessoas participem ativamente dessa gestão. Fica aqui um questionamento para a nossa reflexão e análise.