segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Produto Educação


O Produto Educação

Imaginem um produto de natureza intangível e que todos tenham a necessidade de possuí-lo, que seja perecível, haja vista que quem o adquire, necessite atualizá-lo sempre que necessário.
Imaginem um produto que diante das mudanças do mundo moderno, seja hoje, o principal recurso das pessoas e das organizações para o alcance de seus objetivos.
Imaginem um produto que não necessite ser oferecido de porta em porta, visto que os consumidores o procuram nas "indústrias" por necessitarem muito adquirí-lo.
Imaginem vocês, um produto que quanto mais se tem, mais dele se precisa e que para isso, não há necessidade de se ter um grande espaço ou um grande depósito para armazená-lo e sim, um comportamento humano chamado "atitude para querer aprender".
Imaginem todos, um produto que embora seja reconhecidamente o principal fator de sucesso e de crescimento para as pessoas, para as organizações e para o País, ele chega imensamente defasado e com qualidade duvidosa à maioria da população, e quando essa mesma população tem a oportunidade de buscá-la nas “indústrias” que produzem este produto com qualidade, que são as Universidades, este produto, intangível por natureza, passa a ter características de tangibilidade, ou seja, ele pode literalmente ser vendido, de forma ilícita e inescrupulosa, a pessoas detentoras de valores materiais e não intelectuais, como deveria ser, haja visto os últimos escândalos envolvendo, infelizmente, o acesso a este produto. Não que os intelectuais também pudesse adquirí-lo de forma ilícita e sim, através do seu conhecimento.
Mais que produto é esse, tão importante, tão significativo e ao mesmo tempo tão desprezado e remanejado sempre a outros planos que não o primeiro? Pois bem senhores, este produto do qual estamos falando chama-se Educação.
Num mundo em que cada vez mais, o conhecimento passa a ser o principal produto, produzir educação com qualidade e consumí-la da melhor forma, passa a ser um diferencial competitivo, tanto para as organizações, quanto para as pessoas. As “indústrias” (escolas, faculdades e universidades) fabricantes deste valiosíssimo produto chamado educação, tem o dever de promover a seus clientes, um produto com a qualidade necessária ao desenvolvimento de todos e consequentemente da nação.
É com base nesse compromisso com a educação, que se forma um País de verdade, constituído de homens e mulheres capazes de contribuir com o seu conhecimento para o desenvolvimento de uma nação.

                                                                                         Por Eduardo Frederico

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

3 lições sobre aprender a tocar violão ou empresas

Eu sei que já falei sobre isso anteriormente, mas agora estou um pouco mais experiente no assunto e quero compartilhar algumas coisas.
Eu estou aprendendo a tocar violão. Sempre gostei da ideia, sempre quis aprender, mas nunca botei a mão na massa. Este ano decidi que ia aprender. Consegui um violão emprestado, peguei umas dicas aqui e ali, visitei alguns sites e comecei a fazer barulho (para o desespero dos vizinhos). Durante o processo, percebi algumas coisas sobre a arte de tocar violão:
1 – Dói só até criar os calos e se acostumar com eles.
Digo, nas pontas dos dedos. E isso acontece de tanta força para apertar as cordas. Mas é só no começo, depois vai embora. Pelo menos para mim exigiu um tremendo esforço, concentração, coordenação e força de vontade.
2 – No começo é 20% de teoria e 80% de prática. Depois é 99% de prática.
Música e violão têm muita teoria e até matemática, mas não adianta ficar horas e horas lendo. É preciso criar os calos nos dedos, ficar íntimo do violão, aprender a primeira música bem a ponto de ter orgulho (ou coragem) de tocar para os amigos e, finalmente, aprender um repertório grande o suficiente para não ficar mais enjoado dos mesmos acordes.
3 – É difícil enxergar as melhorias do dia, mas do mês é fácil.
Tiveram dias em que foi difícil continuar praticando. Os dedos doíam e eu não tinha visto uma melhoria sequer. Às vezes achava até que tinha desaprendido o pouco que sabia. Mas a teimosia (“determinação” está muito desgastada) me fazia continuar, e sempre que eu lembrava como tocava há 3 ou 4 semanas atrás, aí sim eu via a diferença.
E o quê tudo isso tem a ver com empreendedorismo?
Leia (e tente entender) somente os títulos dos itens acima pensando não sobre aprender violão, mas sobre empreender. Quando terminar continue o texto…
No primeiro item, entenda dor como desconforto. Sair da zona de conforto implica, necessariamente, em desconforto. Mas logo isso deixa de ser um desconforto e passa a fazer parte da sua zona de conforto, agora ampliada.
No segundo item, não leve os números tão a sério (eu chutei eles), mas entenda que só teoria não vai adiantar. Você vai estudar um pouco o mercado que está entrando, vai planejar um pouco sua empresa e então vai tirar a bunda da cadeira. As próximas teorias que você buscará serão para saber como resolver determinado problema que você está tendo no momento. A partir daí as coisas vão fluindo mais naturalmente.
No terceiro item, no caso de empreender, considere um pouco mais de tempo. Talvez você não veja melhorias em um mês, mas em 3 ou 4 vai perceber, se estiver se dedicando (e está?).
Tocar violão, tocar negócios… é tudo a mesma coisa. Prática!