quarta-feira, 8 de abril de 2009

Entrevista de Eduardo ao Jornal Exclusivo do Rio Grande do Sul

Notícias - Comércio Publicada em: 8/4/2009

Crianças às compras!

Público merece atendimento especial em lojas do segmento de calçados e acessórios

O mercado brasileiro de produtos infantis movimenta anualmente mais de R$ 50 bilhões. No entanto, muitas lojas que têm crianças como seu público-alvo - ou como um deles - não desenvolvem estratégias e ações direcionadas para o este consumidor. Vender para o público infantil é um desafio, tendo em vista a velocidade com que as informações chegam até os pequenos através da tecnologia e dos meios de comunicação.

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O professor e consultor de vendas e atendimento, pós-graduado em Gestão Estratégica de Recursos Humanos, Eduardo Pereira de Oliveira (Recife/PE), lembra que as crianças dos dias atuais vivem em meio a um mundo de informações que são processadas numa velocidade espetacular, fato que não pode ser desconsiderado pelas empresas que desejam atrair a atenção para o seu produto. “Com a globalização, as informações chegam até os consumidores infantis por meio de diversos canais de comunicação, sendo estes, portanto, grandes aliados para a comercialização de produtos destinados a este público”, ensina.

Oliveira diz que a criança compra quando consegue associar o produto e a marca com personagens do seu 'mundo', que nada mais é do que um universo de fantasias, cores, alegria, brincadeiras e experiências positivas. “Assim, as empresas devem desenvolver produtos e estratégias de marketing que envolvam estes componentes e, se necessário, até fazendo com que elas possam experimentar o produto antes mesmo de comprar, como forma de despertar nelas o desejo através de sua experiência ainda na loja”, sugere.

De acordo com o consultor e autor do livro 'Marketing infantil: como conquistar a criança como consumidora', Arnaldo Rabelo (Birigüi/ SP), em primeiro lugar devemos reconhecer que as crianças não formam um público homogêneo. E, quando temos um grupo com diferentes necessidades, dificilmente os mesmos produtos e forma de comunicação atenderão bem a todos. “Embora existam vários critérios para segmentação, como região ou classe social, a faixa de idade é um fator crítico a ser considerado”, ensina. Ele frisa, contudo, que é importante não dividir excessivamente, pois não seria prático para as empresas. “O importante é procurar compreender o público para atendê-lo da melhor forma”, frisa.

Como deve ser o ponto-de-venda?

O mercado infantil vem crescendo a passos largos e é no ponto-devenda que acontece a chamada `hora da verdade’. “É lá que o produto entra em contato com nosso público- alvo. Isto se tivermos cumprido tarefa de expô-lo bem na vitrine, na gôndola ou na prateleira’’, define estudioso sobre o comportamento do consumidor no ponto-de-venda e consultor de varejo, Antônio Carlos Valle, sócio-diretor da AgênciaVisão Criativa (São Paulo/SP).

De acordo com Valle, a propaganda é sempre uma promessa que se realiza ou não no ponto-de-venda, porque é nele que se tem o produto, o atendimento, o cliente e o dinheiro. A partir daí, entra em ação o atendimento especializado. “Informar as vantagens e diferenciais que o produto oferece é de suma importância’’, avalia, destacando que toda loja deve criar uma atmosfera de compra, onde o cliente possa se sentir à vontade e confortável para fazer suas escolhas.

“O vendedor é um grande influenciador na escolha por este ou aquele produto, portanto deve ser muito bem treinado sobre as qualidades do item e para que idade e finalidade se destina’’, completa. Valle destaca que, tendo em vista que o mercado infantil está em ascensão, muitos lojistas têm investido na criação de espaços voltados para crianças dentro das lojas convencionais, com brinquedos e funcionários preparados para entretê-los.

Lia Nara Bau e Roberta Accioly Gerhard/Jornal Exclusivo

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